domingo, 2 de abril de 2017

Odeio-te

Eu odeio-te.
Continuas a ser o fantasma mais presente na minha vida, destruís-te tudo como o Katrina em Nova Orleans.
Odeio-te porque deixas-te inúmeras perguntas na minha cabeça.
Odeio-te porque te dei o melhor de mim, e mesmo assim fizeste-me sentir insuficiente. Cheguei até a pensar que foste embora porque eu era insuficiente, que ideia estúpida a minha. Finalmente acordei, e percebi que tu é que és insuficiente para mim.
Odeio-te porque não consigo encontrar encanto em mais ninguém, nem a quem me sorri.
Odeio-te porque procuro um bocado de ti em quem se cruza comigo.
Odeio-te porque me fizeste sentir culpada, culpada de algo que não fiz. Porque me fizeste ficar acordada a pensar nos erros que possa ter cometido.
Odeio-te pelas promessas que não foram compridas, devias-me ter mostrado aquilo que a tua boca tão bem sabe dizer.
Espero que o amor nos leve para longe um do outro, porque contigo levas-te tudo o que eu tinha.
Meu bem, do fundo do meu coração desejo-te boa sorte. Boa sorte para encontrares algum que deixe de ver futebol porque ache melhor estar contigo, que te ame e respeite. Alguém que fique acordada para te ver dormir, ou até saber que chegas-te bem a casa. Alguém que te apoie em todas as tuas decisões e que te ajude a escolher o melhor caminho. Boa sorte, vais precisar. Encerro agora este ciclo, dou por terminado este capítulo, fecho esta porta. Aprendi que temos que deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Antes de te odiar eu amei-te. Antes de te odiar eu sofri.



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